Um ano sem comprar roupas e sapatos: Doeu pouco e aprendi muito.

Era dezembro de 2017, naqueles dias derradeiros em que pensamos nas usuais resoluções de ano novo. A minha foi uma só: passar 2018 inteirinho sem comprar qualquer peça de roupa ou sapato. Um ideia aparentemente boba que resolvi levar em frente. Confesso que não botava muita fé em mim mesma. Alguns meses já seria bem legal... O tempo foi passando e eu percebendo o bem que ela estava me fazendo. Para minha disciplina, consciência e, para o bolso, é claro!

Essa ideia foi inspirada em alguns estudos que li, documentários que assisti, pesquisas e observação do comportamento das pessoas - honrando meu mestrado em comportamento do consumidor.

Confesso que nunca fui muito fascinada por comprar roupas e afins, daquelas pessoas que amam shopping, vitrines, coleções, moda... mas mesmo assim, tive que me abster de comprar algumas peças que realmente chamaram a minha atenção... Paciência!

De qualquer forma, não fugi de vitrines e nem deixei de olhá-las, apenas aprendi a apreciar sem me deixar capturar pela tentação de comprar. Claro que as liquidações geraram um mal-estar e aquela vozinha dizendo: - que besteira, pára com isso, que mal faz uma comprinha só...

RESGATE E REVITALIZAÇÃO

Resgatei do fundo do armário alguns sapatos que não usava mais e levei-os para a luz do dia. Reformei alguns e foi ótimo! Algumas roupas usadas tão pouco, voltaram à ativa e àquelas que não usava há mais de 1ano foram doadas. Tudo foi tão racional e prático. Me senti mais inteligente e forte. Afinal, só usamos um par de sapatos por vez, né? Roupas, igualmente. Trocar acessórios e caprichar nas composições de peças foi até divertido.

O ano novo chegou e minha resolução foi integralmente cumprida! Já tenho algumas outras em andamento desde o dia 01.01...

MENOS E MELHOR

Não foi uma resolução com começo e fim. Ela me transformou. Mostrou de forma prática que preciso de pouco e vivo muito bem com isso. Vou continuar sem comprar? Não. Mas, minhas compras serão ainda mais criteriosas do que eram antes. Fast fashion? Never! Necessidade, qualidade e quantidade (pouquíssima) me nortearão.

Minimalismo é a minha palavra deste ano.

Sem pretensão de ser extremista.

Vou buscar comprar menos e melhor, comer menos e melhor, falar menos e melhor.

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